6 de julho de 2008

Deus não é seu empregado!


Deus não é seu empregado!


Uma interpretação biblicamente correta dos textos distorcidos pela “teologia” da Prosperidade
Por: Renato N. Fontes (renfontes@gmail.com)Belo Horizonte, Brasil Junho/2008


Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que Ele prometeu aos que O amam? Tiago 2:5
Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, ali estará também o teu coração. Mateus 6:19-21
Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então é que sou forte. II Coríntios 12:10

Introdução
Este artigo é uma tentativa singela de colocar à disposição das pessoas uma boa e sólida interpretação de várias passagens bíblicas que têm sido, com muita freqüência, deturpadas por pessoas adeptas de uma doutrina que ficou conhecida como “teologia da prosperidade”, “evangelho da prosperidade” ou ainda “teologia da confissão positiva”. Os proponentes dessa doutrina, vários por falta de conhecimento e vários, infelizmente, por má fé e desonestidade, usam vários textos curtos das Escrituras, tirados do seu contexto, e torcem seu significado para fazer com que a mensagem transmitida seja exatamente o oposto do que a Bíblia ensina. Desta forma, essas passagens foram quase todas reunidas aqui e colocadas dentro do seu contexto imediato e também do contexto amplo da revelação bíblica, buscando-se assim seu verdadeiro sentido, aquele que é coerente com a mensagem do Deus que se fez pobre, não para que todos os cristãos usufruíssem de bênçãos materiais, mas para seguirmos os Seus passos e também abrirmos mão do que é nosso por amor aos outros.

A mensagem bíblica, de capa a capa, é de doação, de entrega, de amor, aquele amor que, conforme I Co 13, não busca os seus próprios interesses e tem sua maior expressão no ato dar a vida pelos outros. É verdade que Jesus se importa não só com nosso espírito mas também com todo o ser humano, integralmente. Por outro lado, nossa atitude frente a isso faz toda a diferença: baseado nessa verdade, vamos buscar benefícios para nós, como fazem os proponentes da teologia da prosperidade, ou será que isso nos fará ajudar o nosso próximo em primeiro lugar, como Jesus declara em Mt 25, quando diz, “tive fome, e me destes de comer, tive sede e me destes de beber”?

Meu desejo é que este texto abra os olhos de muitos, como um dia os meus também foram abertos! Se você, leitor, congrega em uma igreja onde se ensina essa doutrina, aconselho fortemente que tome uma atitude e pare de dar seus dízimos e contribuições para líderes que acreditam que têm o direito de “prosperar” às suas custas. Um fato muito curioso e fácil de notar é que quase todos os líderes que pregam essa doutrina de fato ficam ricos, porém suas ovelhas quase sempre continuam com o mesmo padrão de vida e nunca “prosperam” materialmente. Quando, entretanto, alguém acena com a possibilidade de parar de contribuir com a riqueza desses líderes, eles usam de intimidação e ameaçam até mesmo com a perda de salvação. É hora de dar um basta, isso é escravidão – o conhecimento da verdade liberta (Jo 8:32). Se algo não liberta, é porque não é verdade!

As citações bíblicas são da Edição Revista e Atualizada no Brasil, da SBB.
Marcos 11:24

Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.

Esse versículo deve ser lido em equilíbrio com outro, que é I Jo 5:14: “... esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.” João diz que Deus realmente nos dá o que pedimos, contanto que seja a Sua vontade. Deus não é nem o Papai Noel nem muito menos o Gênio da Lâmpada (que chamava Aladim de “amo e senhor”) – não, Ele é o Senhor, e é Sua vontade soberana que determina o que Ele nos dará ou não. A questão é que os defensores da teologia da prosperidade e da confissão positiva dizem que sempre é vontade de Deus curar e dar riqueza, e citam como prova os demais versículos que serão discutidos abaixo. O fato, contudo, é que a vontade de Deus é insondável, oculta em sua maior parte aos seres humanos. Ninguém, exceto por muita presunção, pode dizer que conhece a vontade de Deus em todos os casos. Seus caminhos não são os nossos e Seus pensamentos também não são os nossos (Is 55:8). Seus juízos e Seus caminhos são inescrutáveis e insondáveis, como bem nos lembra Paulo em Romanos 11!

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