17 de julho de 2008

UM PAPO SOBRE IDOLATRIA

Portanto, dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Qualquer homem da casa de Israel que levantar os seus ídolos dentro do seu coração, e tem tal tropeço para a sua iniqüidade, e vier ao profeta, eu, o SENHOR, vindo ele, lhe responderei segundo a multidão dos seus ídolos;para que eu possa apanhar a casa de Israel no seu próprio coração, porquanto todos se apartaram de mim para seguirem os seus ídolos.Ez 14:4,5

Idolatria ainda é um assunto delicado. A primeira coisa que nos vem a cabeça é a imagem de um ídolo católico ou a adoração à vaca na Índia. Porém, devemos saber que o evangélico é um dos povos mais idólatras na atualidade; e vamos saber o porquê.

Primeiro vamos entender o que é idolatria. O ato de idolatrar é transferir atributos e poderes divinos a qualquer coisa que não seja Deus. Ou seja, se você acha que uma imagem de Nossa Senhora, mesmo como memorial, possa vir a curar algum mal, é idolatria. Se você acha que vai ter um dia ruim por sair de casa sem aquela correntinha que você acha que te dá sorte, é idolatria. Se você acha que um animal, como uma vaca ou um rato, não pode ser morto por ser divino, é idolatria. Se você acha que uma pessoa em especial vai te proporcionar maior possibilidade de obter uma cura ou uma profecia, mesmo que use o nome de Deus no meio, também é idolatria.


E dar atributos divinos a um homem é prática comum no meio evangélico. Hoje em dia se idolatra bispo X porque ele cura com o suor. Ou apóstolo Y porque ele promove curas online através da internet. Até mesmo o abençoado Z que promove avivamentos relâmpagos porque ele acha que tem “crédito no céu”. São inúmeros os “profetas” e “ungidos” venerados como verdadeiros santos por serem considerados um atalho para Deus. Esses ídolos são considerados intocáveis, inabaláveis e suas palavras são indiscutíveis para quem os idolatra. E muitos, inúmeros evangélicos idolatram ídolos de carne e osso e se esquecem de seguir o único que é inabalável e incorruptível: Deus.


A partir do momento que a pessoa começa a seguir um ídolo, ela passa a se espelhar nele e a seguir o que ele diz. Com o tempo, a Bíblia vai ficando de lado porque não precisa dela, afinal o ídolo de carne já a “explica” da maneira como convém direitinho aos seus idólatras. Não se precisa mais de Deus diretamente, não se precisa mais da Palavra, porque já existe uma pessoa que, supostamente, é uma ponte garantida para Deus. Isso gera uma certa independência de Deus; você já tem o seu ídolo, o seu atalho consigo.


Essa idolatria cria inúmeros problemas e um deles é o apoio da vida espiritual sobre pessoas que não são infalíveis. Até parecem, mas não são. Parecem porque um ídolo de carne vai querer transparecer perfeição até o errar; aí ele vai pedir desculpas em público dizendo que errou porque era humano e falível
Outro ponto é: somos nós quem criamos os ídolos. Nós quem atribuimos a eles as características de semi-deuses que desejamos. Portanto, esses ídolos de carne irão falar o que nós queremos escutar; afinal nós somos seus criadores. Eles farão de tudo para arrebanhar mais idólatras e isso, dentro de uma igreja, é um câncer. Os idólatras evangélicos acreditarão cada vez mais nas “verdades” que todos querem ouvir que os ídolos pregam e a verdade de Jesus Cristo, que é amarga, literalmente espinhosa e difícil de ser praticada, vai ficando absoleta, esquecida.

É exatamente isso o que nos diz o versículo citado; o povo de Deus se afasta dEle por seguirem seus próprios ídolos. Raramente se busca fervorosamente a Deus em suas casas; antes buscam a oração de um ídolo de carne.

Não se busca resposta de um problema diretamente com Deus; busca-se respostas através dos lábios de um ídolo de carne. E Deus nos responde, através da atual situação da igreja, o que acontece quando se busca a ídolos e não a Ele: corrupção na igreja, ganância, mentira, enganação, hipocrisia.
Deixemos os ídolos de carne de lado. Adoremos e sigamos ao Senhor que é o único realmente digno de nossa adoração.

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